Fadiga crónica vs Covid-19
- Paula Santos Pinho

- 31 de out. de 2022
- 2 min de leitura

Os efeitos orgânicos crónicos provocados pelo vírus SARS-CoV-2 ainda são uma incerteza. No entanto, estudam-se e questionam-se as causas de fadiga crónica seguida pela infecção viral e/ou pela vacinação.
O «Longo Covid» foi definido pela OMS como qualquer problema de saúde persistente, novo ou recorrente, durante um período de, pelo menos, 28 dias, causado pelo vírus SARS-Cov2.
Os sintomas persistentes mais comuns são: fadiga, falta de ar, anosmia (perda de olfacto), cefaleias e dispneia. Tem se verificado que a população com diabetes, índice de massa corporal mais elevada e do género feminino têm tido mais propensão para desenvolver esta sintomatologia. A disfunção olfactiva tem sido observada desproporcionalmente em mulheres, adultos e pacientes sem necessidade de internamento. Esta manifestação neurológica tem estado associada à ageusia (perda do paladar), podendo se tornar permanente.
Alguns autores têm referido o «Longo Covid» como uma crise global emergente. Alguns factores de risco foram identificados, tais como RNAemia SARS-CoV-2 (detecção de RNA do vírus SAR-CoV-2 em amostras de sangue, plasma ou leucócitos) e reactivação do vírus Epstein-Barr com antivirais, diminuição do cortisol endógeno com terapia de reposição de cortisol e auto-anticorpos com terapias que controlam a hiper-inflamação.

Em Agosto deste ano foi publicada uma pesquisa elaborada a partir de ferramentas de inteligência artificial para análise estatística dos dados obtidos de reacções adversas das vacinas administradas nos Estados Unidos. O objectivo da pesquisa era determinar a incidência de Síndrome de Guillain-Barré após a vacinação contra COVID-19, baseado numa análise estatística objectiva. Determinou-se que o risco de desenvolver essa síndrome era mínimo após a vacinação.

A prevalência de «Longo Covid» tem sido objecto de pesquisa em faixas etárias mais baixas. Um estudo publicado na revista The Lancet Child & Adolescent Health, que englobou cerca de 11 000 crianças dos 0 aos 14 anos, revelou sintomas com uma duração de 2 ou mais meses, tendo sido os mais comuns: alterações de humor, erupções cutâneas, dores de estômago, fadiga, dificuldade de concentração e memória.
No entanto, os sintomas de «Longo Covid» são menos prevalentes em crianças e adolescentes do que nos adultos: cerca de 6%.
Como proceder
Se manifesta sintomatologia prolongada (28 dias ou mais) associada ao vírus SARS-CoV-2, contacte o seu médico assistente.
Proteja-se, adoptando as medidas higieno-sanitárias adequadas (máscara, higiene das mãos, distanciamento social).

Recorra a medidas preventivas de reforço imunitário e a terapias complementares como adjuvantes do tratamento sintomatológico, como a acupuntura, fitoterapia, homeopatia, massagens terapêuticas...
O Qi Gong, conjunto de técnicas meditativas e respiratórias, permite equilibrar o corpo e a mente, fortalecer os músculos e as articulações, reforçar o sistema respiratório. Como resultado imediato, verifica-se o bem estar, o aumento da amplitude respiratória e o relaxamento muscular.
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* Síndrome de Guillain-Barré: doença auto-imune, caracterizada por polineuropatia que causa fraqueza muscular.






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